Aos 16 anos feita tola, comecei a namorar com um rapaz 9 anos mais velho que eu...
Muito daquilo que sou hoje
deve-se muito aos três anos e meio que passei com ele. Óbvio que tanto tempo
implica crescer e aprender, implica bons momentos também é claro, no entanto um
final como o que se passou mancha todos e mais alguns momentos bons que poderei
ter passado ao lado dele… Sim, porque tristeza, nervos, amargura, dor,
MEDO…fazem com que o que houve de bom não passasse de apenas umas meras imagens
desfocadas das quais muito pouca memória existe…
É
complicado quando uma discussão acaba em agressão, tanto física como
psicológica…e eu sofri das duas…infelizmente…
Foi
complicado ser encostada ao vidro do carro com o braço no pescoço e quase sufocar!
Pior ainda nunca esquecer essa sensação e passados 5 anos ainda fazer força
para as lágrimas não escorrerem quanto alguém me envolve o pescoço com o braço
mesmo que seja num ato de carinho!
Custou
também imenso, levar um murro no peito em pleno café, ficar marcada e ninguém
ajudar…
Custou
receber três bombas passado poucos meses do namoro ter acabado, saber que ele e
aquela gaja com que ele já estava, mesmo antes de acabarmos, iam casar, que ela
estava grávida e que iam morar para o meu lado…foi um grande choque mesmo!
Custou
estar numa festa, e de repente ver-se sozinha numa tremenda discussão, levar
encostos, puxões de cabelos e ainda cuspir-me para a cara…e só depois é que
aparecer alguém para ajudar…só depois do mal já estar feito…e pior ter que sair
escoltada porque aquela p*ta de m*rda veio com a ameaça de “lá fora agente
espera-te”!
Depois
disto tudo, seguiu-se um ano de inferno, em que não saía de casa sozinha, que
andava escoltada por todo lado… até mesmo em Tomar…vinham-me buscar ou ter a
minha casa, só arrancavam com o carro quando eu fechava a porta… foram meses
bastante complicados… com o tempo tudo foi acalmando!
Acalmou, mas não para mim…
o medo continua cá…tremo só de o ver…morro de medo quando a vejo a pensar que
ele pode ir atrás dela… manter a calma é complicado, principalmente quando são
situações inesperadas, encontros súbitos dos quais não havia qualquer alerta
que pudesse acontecer!
O
que é certo, é que isso condicionou-me a vida… Ainda hoje a minha tendência
quando vejo que as coisas estão a ficar sérias com alguém é fugir…cortar
relações! O trauma é imenso, o medo de sofrer maior ainda!
Só sozinha consigo
garantir que ninguém me volta a fazer mal…no entanto, ninguém está bem sozinho...mas....
Tatiana*
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