quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ninguém está bem sozinho...mas...

Aos 16 anos feita tola, comecei a namorar com um rapaz 9 anos mais velho que eu...

Muito daquilo que sou hoje deve-se muito aos três anos e meio que passei com ele. Óbvio que tanto tempo implica crescer e aprender, implica bons momentos também é claro, no entanto um final como o que se passou mancha todos e mais alguns momentos bons que poderei ter passado ao lado dele… Sim, porque tristeza, nervos, amargura, dor, MEDO…fazem com que o que houve de bom não passasse de apenas umas meras imagens desfocadas das quais muito pouca memória existe…

É complicado quando uma discussão acaba em agressão, tanto física como psicológica…e eu sofri das duas…infelizmente…

Foi complicado ser encostada ao vidro do carro com o braço no pescoço e quase sufocar! Pior ainda nunca esquecer essa sensação e passados 5 anos ainda fazer força para as lágrimas não escorrerem quanto alguém me envolve o pescoço com o braço mesmo que seja num ato de carinho!

Custou também imenso, levar um murro no peito em pleno café, ficar marcada e ninguém ajudar…
Custou receber três bombas passado poucos meses do namoro ter acabado, saber que ele e aquela gaja com que ele já estava, mesmo antes de acabarmos, iam casar, que ela estava grávida e que iam morar para o meu lado…foi um grande choque mesmo!
Custou estar numa festa, e de repente ver-se sozinha numa tremenda discussão, levar encostos, puxões de cabelos e ainda cuspir-me para a cara…e só depois é que aparecer alguém para ajudar…só depois do mal já estar feito…e pior ter que sair escoltada porque aquela p*ta de m*rda veio com a ameaça de “lá fora agente espera-te”!

Depois disto tudo, seguiu-se um ano de inferno, em que não saía de casa sozinha, que andava escoltada por todo lado… até mesmo em Tomar…vinham-me buscar ou ter a minha casa, só arrancavam com o carro quando eu fechava a porta… foram meses bastante complicados… com o tempo tudo foi acalmando! 

Acalmou, mas não para mim… o medo continua cá…tremo só de o ver…morro de medo quando a vejo a pensar que ele pode ir atrás dela… manter a calma é complicado, principalmente quando são situações inesperadas, encontros súbitos dos quais não havia qualquer alerta que pudesse acontecer!

O que é certo, é que isso condicionou-me a vida… Ainda hoje a minha tendência quando vejo que as coisas estão a ficar sérias com alguém é fugir…cortar relações! O trauma é imenso, o medo de sofrer maior ainda! 

Só sozinha consigo garantir que ninguém me volta a fazer mal…no entanto, ninguém está bem sozinho...mas....

Tatiana*


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